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Um país falido, no qual grande parte do povo não tinha o que comer. Onde apenas os mais pobres pagavam impostos para um rei ostentar uma vida de luxos e riquezas.

Neste contexto, na França do século XVIII, precisamente em 1789, ocorreu a Revolução Francesa, um acontecimento que levou a camada mais sofrida da sociedade reivindicar seus direitos na base da força e da violência. Algo ocorrido quando burgueses, camponeses e pequenos trabalhadores, do Terceiro Estado, mostraram estarem fartos dos abusos acometidos pelo rei Luís XVI, absolutista, onde ele era responsável pela política, economia, religião e tudo o que quisesse.

A formação da França na época teve os mais abastados sendo nomeados como Primeiro e Segundo Estados, clero e nobreza, respectivamente. Como forma de aumentar seus dividendos, o rei Luís XVI – que estava acima de todos – a partir de uma assembleia comunicou a intenção de que todos os Estados pagassem impostos a ele. Apenas o Terceiro Estado concordou com a ideia e perdeu, pois cada um deles tinha direito a um voto. Para completar, ainda ficou acordado que os mais pobres teriam impostos ainda mais caros a serem cobrados.

Como contrapartida, o Terceiro Estado se reuniu afim de encontrar uma solução para a situação na qual se encontrava. Eles queriam que as votações fossem realizadas por representantes, uma espécie de deputado, de forma individual, o que foi negado. Após um mês de impasses, se reuniram em Assembleia Geral Nacional, que após a tomada da Bastilha pelo povo, se transformou em Constituinte. Era o fim do Absolutismo e o início da Revolução Francesa. No calendário francês, o dia 14 de julho é quando se comemora a Queda da Bastilha, um ato que lembra a população tomando a prisão para onde eram enviados os condenados na concepção do rei, sem direito a defesa.

Liberdade, Igualdade e Fraternidade era o lema da Revolução Francesa. O clero, a partir da Igreja, teve os bens confiscados; a nobreza perdeu privilégios e em 1789 foi promulgada a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. A criação dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário se deu em 1791, ano da primeira Constituição Francesa.

A consolidação do Terceiro Setor fez com que duas frentes fossem opositoras dentro do mesmo partido: Jacobinos, os representantes das classes mais populares, e os Girondinos, que faziam as vezes da burguesia e comerciantes, com o intuito de deixar o povo fora da política.

Com os Girondinos no poder, a burguesia proclamou a República Girondina, em 1792. Contudo, no ano seguinte, através de movimento popular, os Jacobinos tomaram o poder. E a arma a ser usada contra qualquer revolucionário era a de intolerância, em outras palavras, a guilhotina. Neste mesmo 1793, foi guilhotinado o rei Luis XVI e decapitada a esposa Maria Antonieta. Mais de 42 mil pessoas terminaram da mesma forma que o antigo rei. Esta foi a chamada Era do Terror, que teve em Robespierre o seu líder supremo.

Em 1794, os Girondinos, através de um Diretório, realizaram um Golpe de Estado, levando a uma nova constituição. O 9 do Termidor levou a morte de líderes jacobinos. Houve aproximação com os militares e o poder acabou nas mãos de Napoleão Bonaparte. Uma nova era deu-se início em 1799, quando foi instalado um Consulado, novo golpe, desta vez de intervenção militar, conhecido como 18 de Brumário. E começou a Era Napoleônica.

A Revolução Francesa levou ao fim do Absolutismo e ao início do Capitalismo. Além disto, fechou a Idade Média, levando ao início da Contemporânea. A burguesia também ganhou força ante nobreza e clero. Constituições e Golpes foram realizados e ideais Iluministas foram disseminados nestes anos de lutas, de 5 de maio de 1789 a 9 de novembro de 1799.