A luta francesa contra o absolutismo

A Revolução Francesa é um marco histórico para a humanidade, pois simboliza a passagem da modernidade para a contemporaneidade. Essa revolução, que possui como símbolo a tomada da Bastilha, que aconteceu em 14 de junho 1789, foi uma resposta das classes mais abastadas da sociedade gaulesa às transformações vividas entre a idade média e a idade moderna, período em que os Estados Absolutistas mantinham uma estrutura em que pequena parte da sociedade, o clero e a nobreza, detinha poderes e benefícios.

A situação social e econômica na França, com o passar do tempo, passou a ficar insustentável, pois a base da sociedade francesa mantinha todo o luxo do clero e da nobreza. Esse estrato da população, até então menos favorecido, gastava em média 80% do que recebia ou ganhava com impostos.

Tendo como alicerce essa estrutura frágil, o reino francês acentuou a crise ao destinar recursos para intervenções militares em conflitos externos. Problemas na agricultura e na pecuária do país também fizeram com que a população passasse por uma escassez de alimentos.

Com intuito de resolver o grave problema nas contas públicas francesas, o Ministro de Finanças do país propôs que clero e nobreza passassem a pagar impostos, o que foi prontamente rejeitado. Entretanto, com a perenidade da crise, o Rei Luís XVI convocou uma reunião entre os estamentos da sociedade francesa, fato que não ocorria a mais de dois séculos, com o intuito de sanar os problemas econômicos do país.

O terceiro estado, vendo-se prejudicado, deixou a Assembleia, pois tanto clero, primeiro estado, quanto nobreza, segundo estado, possuíam interesses comuns.

O terceiro estado, juntamente com o baixo clero, declarou-se representante da nação e formou a Assembleia Nacional Constituinte, que limitou o poder da monarquia absolutista.

A Revolução Francesa aconteceu em um contexto em que ideias de Liberdade, Igualdade e Fraternidade estavam bastante em voga, uma consequência dos ideais Iluministas, que despendiam duras críticas às práticas do Estado Absolutista e, concomitantemente, aos benefícios concedidos ao clero.

Nesse cenário, foi promulgada a Declaração dos Direitos do Homem, que assegurava os ideais pregados pelo Iluminismo e também o direito à propriedade. Posteriormente, foi criada a Constituição, em 1791, a qual reformulou a estrutura política francesa.

O período revolucionário também foi marcado pela disputa bipolar entre os revolucionários: os jacobinos, representantes da média e baixa burguesia, e os girondinos, que pertenciam à alta burguesia. Os primeiros, comandados por Maximilien Robespierre, eram mais extremistas, os segundos, defendiam mudanças moderadas.

Os jacobinos propuseram alterações na recente Constituição e, por meio dela, instauraram um tribunal que julgava todos que eram contra a revolução. Foi nesse período que o Rei Luís XVI e a sua esposa morreram guilhotinados.

O extremismo exacerbado acabou colocando grande parte da população contra o líder dos Jacobinos, que foi morto também na guilhotina.

A queda de Robespierre deu espaço para os girondinos, que revogaram uma série de medidas adotadas pelos Jacobinos, o que trouxe insatisfação por parte da população e acabou revelando a instabilidade do país.

Nesse contexto, forças militares, tendo como expoente o General Napoleão Bonaparte, assumiram o poder para conter os ânimos.

A Revolução Francesa deixou não só um legado para os franceses, mas marcou a história da humanidade, ao frear a soberania do clero e da nobreza por meio dos pensamentos Iluministas. Pode-se perceber essa influência em constituições federativas de diversos países do mundo.

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