Cidadaos da rua materia portugues

CIDADÃOS DA RUA
Há quatro meses o carpinteiro Adilson Malaquias dos Santos, 29 anos, perdeu o seu
emprego. Pouco depois, o aluguel do sobrado onde ele residia com a mulher e um filho
de quatro anos dobrou de valor. Com o dinheiro do fundo de garantia, Malaquias ficou
mais dois meses na residência, enquanto procurava emprego. Sem encontrar trabalho,
entregou a casa, mandou a mulher e o filho de volta para a Bahia, onde tem parentes, e
passou a dormir embaixo de um viaduto por onde passa o metrô.
Viver na rua tem sido uma experiência arrasadora para Malaquias: ele descobriu ali
um mundo assustador, deprimente e corrosivo para a sua autoestima e que não promete
nada de bom. Ele continua sem emprego, sem a família e sem dinheiro.
Quem quiser conhecer esta realidade brasileira não precisa consultar estatísticas, nem
tratados de urbanismo. Basta prestar atenção à paisagem das grandes cidades do país,
onde se multiplica, cada vez mais, o perfil de cidadãos como esse.
Houve época em que dormir na rua podia ter algo de boêmio e até poético, como
lembrou Noel Rosa em seu verso: “A minha cama é uma folha de jornal”. No passado, as
ruas brasileiras abrigavam o seu ocupante de sempre, aquele desamparado em qualquer
lugar do mundo – o mendigo frequentemente alcoólatra.
Hoje em dia, existem outros cidadãos disputando esse mesmo espaço: são
desempregados da indústria e da construção civil, os agricultores cuja roça secou e
resolveram tentar a sorte nas grandes cidades, e, pior do que tudo, trabalhadores cujo
salário já não dá para alugar um barraco de favela nem para arcar com as despesas de
um quarto de cortiço. Já existem residências fixadas há vários anos embaixo de viadutos
e ali seus moradores instalam a mobília, penduram roupas no varal e até tentam puxar
um fio para a luz elétrica. Também foram erguidos, nos pontos mais afastados das
grandes cidades, acampamentos que abrigam centenas de nômades urbanos.
Há pelo menos duas décadas já era possível prever que estava sendo armado esse
desastre social, fruto direto de políticas, atitudes e decisões do governo ou de parcelas
da sociedade capazes de influenciar sua conduta; com isso, a maioria dos brasileiros foi
grosseiramente excluída da participação nos benefícios sociais do desenvolvimento.
(Revista Veja, dezembro/2011.)
QUESTÃO 5
O tema central do texto é
a) a miséria urbana, fruto dos baixos salários pagos ao trabalhador.
b) a crise do desemprego no Brasil, consequência do despreparo dos trabalhadores.
c) o grave problema habitacional brasileiro, reflexo da política governamental de corte nos gastos
sociais.
d) a injusta distribuição da renda nacional entre os brasileiros, consequência da corrupção dos
governantes.
e) a proliferação das residências fixadas embaixo de viadutos, fruto da falta de profissionalização
dos trabalhadores.

em: Português Perguntado por: [2 Grey Star Level]

jun

21

Resposta #1

Eu colocaria a resposta da Alínea a)a miséria urbana, fruto dos baixos salários pagos ao trabalhador.
O texto centra-se nesta questão.

Respostas Respondido por: sofdu [4 Grey Star Level]
Resposta #
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